E o beijo formou-se, Ana foi para casa sempre com essa imagem, sempre com um sorriso parvo no rosto, sempre a reviver o momento, sempre sem arrependimentos, e sempre com o seu perfume, com o seu sabor, e com isto sonhou, sonhou com aquele momento e com outros muitos mais que haveriam de vir, sonhou que tudo ia ser prefeito e para sempre.
(segunda-feira)
-Anda!
-Já vou, Sofia.
-Olha que vamos perder o bus!
Saíram ambas a correr, e apanharam o autocarro, ambas meio ensonadas e cansadas pela corrida nem repararam que já tinham chegado á escola.
-Tenho de ir para a aula.
-Então e não vais cumprimentar o Felipe?
-Não tenho tempo, se chego atrasada a stora mata-me.
Chegou á sala mesmo a tempo.
-Ana depois da aula posso falar contigo?
-O que queres agora André?
-Posso ou não?
-Podes…
André fica muito feliz com a resposta, e passa o resto da aula a sorrir a Ana. Toca a campainha para avisar o fim de mais uma aula.
-Ana, espera, quero falar contigo.
-Sim, diz.
-Vamos lá para fora.
-Ta bem, mas rápido tenho mais que fazer.
Foram para o pé dos cacifos, uma parte mais sossegada.
-Ana… Eu…
E neste momento André encosta Ana a um cacifo e beija-a, Ana nesse instante sente raiva mas também sente-se bem, e recorda todos os momentos juntos, todas as suas alegrias juntos, mas depois lembra-se da traição da faca nas costas, do Felipe! Empurra-o e dá-lhe um estalo e nesse espectáculo todo encontra-se na plateia o Felipe.
Como vai reagir Felipe?
(Quem não leu os outros textos pode ficar um pouco confuso, recomendo que lesem)